Por Rubens Faria
O número de casos de desnutrição aumenta junto ao crescimento da população idosa no País, pois ela é o grupo-vítima preferencial desse tipo de comorbidade.
Segundo estudo de 2007 da associação Bapen, do Reino Unido, há alta prevalência da desnutrição da população idosa. Enquanto o índice é de 25% na população com menos de 60 anos, a partir dos 61 anos o número avança para 35%. Entre as causas desse fenômeno, podemos apontar:
- Ingesta reduzida por falta de apetite relacionada a comorbidades, aversão alimentar, náusea, dor ao engolir, depressão, ansiedade e efeitos colaterais de medicamentos;
- Incapacidade de se alimentar por confusão mental ou outras doenças da mente, disfagia, pobre higiene oral ou restrições impostas por cirurgias e comorbidades;
- Falta de disponibilidade de alimentos por pobreza, dieta de baixo valor nutricional e dificuldade de comprar ou cozinhar alimentos;
- Alterações na absorção devido a cirurgias ou intercorrências clínicas;
- Metabolismo alterado quando existe demanda metabólica por tumores, cirurgias ou tratamentos clínicos;
- Perdas excessivas de nutrientes por meio de vômito, diarreia, fístulas ou machucados da pele.
Além disso, os índices de morbidade e mortalidade são maiores em pessoas idosas desnutridas, uma vez que a condição é subdiagnosticada e subtratada, levando a sérias consequências para a saúde dessa população, a saber:
- Maior risco de infecções;
- Depressão maior;
- Comprometimento da função respiratória;
- Fraqueza muscular, perda de massa magra e quedas;
- Retardo de cicatrização e feridas ou úlceras por pressão.
Os suplementos nutricionais orais são indicados na deficiências de nutrientes, desempenhando um papel importante na redução do risco de quedas em idosos
A suplementação de cálcio e vitamina D melhora a densidade óssea, diminuindo o risco de fraturas tanto em idosos residentes na comunidade, quanto nos residentes em casas de repouso.
A ingesta proteica ideal para manter o equilíbrio do nitrogênio, preservar a massa muscular e prevenir a sarcopenia é de 1,2 a 1,5 g/ kg/ d.