Por Rubens Faria
O que é insulina e diabetes?
Insulina é um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia. Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o organismo não fabrica insulina ou não consegue empregar a insulina que produz, o que faz a glicose não ser utilizada adequadamente e seu nível no sangue fica alto – a famosa hiperglicemia. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.
O que a diabetes representa?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o Brasil tem 13 milhões de pessoas com diabetes; segundo a Federação Internacional de Diabetes, porém, esse número pode chegar a 17 milhões, e pessoas acima de 60 compõem 54% dos casos – ao lado dos transtornos cognitivos, é a doença mais comum em pessoas idosas, afetando 30% dessa população. Além do envelhecimento, a diabetes está principalmente atrelada ao sedentarismo e à obesidade, dois fatores que se intensificam com o passar dos anos.
Logo, o ambiente é favorável para que a pessoa idosa desenvolva o problema, além de ser impactada pelas suas consequências – quando não tratado ou controlado ao longo da vida, o diabetes, sozinho, provoca o espessamento do sangue, o que pode levar a complicações no sistema cardiovascular e causar danos em vasos sanguíneos. A partir daí, as consequências são comprometimento da visão, dos nervos, dos membros inferiores, doença renal crônica, problemas respiratórios e desidratação.
O diabetes e a pessoa idosa
Todas as consequências supracitadas são mais evidentes em pessoas acima de 60 anos. Somados a elas, estão os riscos aumentados dessa faixa etária de sofrer um infarto, de incapacitação motora e do elevado risco de demências vasculares, como o Alzheimer. Isso sem falar na polifarmácia, que afeta a qualidade de vida.
As complicações nas idades mais avançadas têm uma explicação: a diabetes é uma doença silenciosa. Ela pode nos acompanhar por anos, acumulando sequelas invisíveis, até que se manifeste em sintomas graves e irreversíveis, quando o corpo já está mais debilitado.
Prevenção e tratamento
Portanto, a melhor forma de lidar com a diabetes é prevenção e tratamento, conhecendo fatores de risco e fazendo acompanhamento médico anualmente.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da Diabetes são:
- Excesso de peso e obesidade
- Ingestão de açúcar e gordura em excesso
- Sedentarismo
- História familiar e herança genética
- Idade
- Estresse
- Consumo de substâncias como álcool, tabaco e demais drogas
- Pré-diabetes
- Hipertensão
- Diabetes gestacional prévia
- História de doença cardiovascular prévia
A prevenção passa por alguns pontos-chave, fundamentais para ter uma vida mais saudável:
- Adotar uma vida saudável, com alimentação equilibrada e prática de exercício físico regularmente
- Monitorar e tratar a hipertensão arterial
- Entender, encarar e controlar a diabetes
- Tomar a medicação quando prescrita pelo médico
Além disso, recomenda-se sempre cuidar da saúde global do paciente, tomando regularmente as vacinas de gripe e pneumonia, monitorando os rins e coração e abandonar vícios prejudiciais ao corpo.
A monitoração e o tratamento da diabetes pode ser cansativo e desanimador, assim como qualquer doença crônica. Depender de remédios, controlar a ingestão de alimentos e monitorar a glicemia todos os dias é desafiador, mas são atitudes que compensam e terão impacto muito positivo na qualidade de vida.