Você já caiu? Algum idoso que você cuida ou conhece cai com frequência?
Por Andeia Sousa, fisioterapeuta gerontóloga
Queda é uma mudança de posição não intencional e que faz com que indivíduo permaneça em um nível inferior do que se encontrava.
As quedas acontecem em qualquer idade, mas se pensarmos nos idosos esses episódios são mais frequentes e uma queda pode levar a maiores riscos de lesões. Esses eventos e consequentemente suas lesões podem representar um problema de saúde pública e de grande impacto social.
No Brasil cerca de 29% dos idosos caem ao menos uma vez ao e 13% caem de forma recorrente. E se pensarmos que os que já sofreram uma queda apresentam risco mais elevado para cair, entre 60% e 70% no ano seguinte.
Você sabia que existe classificação para quedas? Podem ser classificadas de acordo com sua frequência, se é acidental ou recorrente; quanto tempo o indivíduo permanece no chão e se houve ou não presença de lesões, sendo elas leves ou graves.
Existem três categorias de fatores de riscos: individuais; externos e comportamentais. Os fatores individuais são: história prévia de queda, idade, sexo, condição clínica, medicação, alteração da marcha e equilíbrio, déficit visual e declínio cognitivo. Os fatores externos são: iluminação inadequada, tapetes soltos, superfícies escorregadias, obstáculos nos caminhos, ausência de corrimão, prateleiras altas ou muito baixas, sapatos e roupas inadequadas, degraus altos e estreitos, além de vias públicas malconservadas. Os fatores comportamentais são: sedentarismo, uso de bebida alcoólica e uso de medicação por conta própria.
As possíveis consequências decorrentes das quedas podem ser a diminuição da capacidade funcional, nível da atividade física, ferimentos, fraturas, declínio na qualidade de vida, dependência, isolamento social, depressão, aumento da mortalidade, alto custo com a saúde, incentiva ou antecipa a institucionalização, gera medo de cair e risco de morte.
Com o aumento dessa população devemos ter um olhar mais atento, com o envelhecimento são esperadas alterações fisiológicas, que podem ser fatores que predispõem as quedas.
A prevenção de quedas compõe uma política pública indispensável e atualmente prevenir esse evento é apontado como uma boa conduta Geriátrica e Gerontológica.
E o fisioterapeuta atua na prevenção de quedas com exercícios direcionados para que o indivíduo obtenha ou melhore sua flexibilidade, força muscular e equilíbrio, orientam sobre calçados e roupas adequados, avaliando a necessidade de um dispositivo auxiliar de marcha e se for necessário, vai realizar o treino desse dispositivo em marcha e nas transferências.
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