Por Rubens Faria

Conforme atravessam os anos, corpo e mente dos seres humanos passam por mudanças naturais causadas pelos aspectos biológicos, fisiológicos e sociais que enfrentam. É como aborda a série Envelhecimentos, a qual relata as interferências internas e do meio pelas quais passamos para envelhecer (não viu? Clique aqui e confira!). Somadas ao tempo, são elas que determinam nossas idades.

Segundo o pesquisador Richard W. Besdine, da Warren Alpert Medical School of Brown University, as pessoas não ficam velhas de repente após mais um aniversário. Se formos levar em consideração a biologia, isso acontece de forma gradual. Contudo, um consenso social ditou que 65 anos era uma boa idade para ficar velho. A ideia nasceu na Alemanha, primeiro país a determinar um programa de aposentadoria que, para fins práticos, precisou estabelecer uma idade em que ela iria acontecer.

Até aí já temos duas idades possíveis para o ser humano. Vamos conferí-las à fundo:

  • Idade cronológica: ela baseia-se tão somente na passagem do tempo, isto é, é a idade da pessoa em anos. Ela tem significado limitado e não nos diz nada sobre saúde, aparência, impacto social etc. É utilizada apenas para determinar aspectos financeiros e legais, como o valor do plano de saúde ou a idade para se aposentar.
  • Idade biológica: refere-se às alterações do nosso corpo marcadas por etapas pelas quais todos passamos: a primeira menstruação, a desaceleração do metabolismo, alterações hormonais, menopausa etc. Essas mudanças afetam algumas pessoas antes das outras e, portanto, alguém de 65 anos é biologicamente mais velho do que alguém de 75. De acordo com Richard W. Besdine, “as diferenças de idade mais notáveis na aparência entre pessoas com idades cronológicas similares são causadas pelo estilo de vida, costumes, e efeitos sutis de doenças, mais do que diferenças da idade de fato”.
  • Idade psicológica: baseada em como a pessoa se sente e age, a idade psicológica no fala a respeito de fazer planos e espera por acontecimentos futuros espontaneamente. Alguém de 90 anos que espera ver a seleção ser hexacampeã, por exemplo, é considerada psicologicamente jovem, assim como um casal na casa dos 80 que planeja anualmente uma viagem. 

Portanto, podemos concluir que a idade cronológica é importante para fins sociais e práticos, mas é a que menos importa para o ser humano enquanto indivíduo. Investir em hábitos saudáveis, na autoestima e manter a vida social em dia é a verdadeira fonte da juventude.

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