Por Rubens Faria
No Dia Mundial de Zero Discriminação, marcado em 1º de março, a Organização das Nações Unidas destaca a urgente necessidade de ação para acabar com as desigualdades em torno de renda, sexo, idade, estado de saúde, ocupação, deficiência, orientação sexual, uso de drogas, identidade de gênero, raça, classe, etnia e religião, que continuam a persistir em todo o mundo.
Segundo a ONU, a desigualdade afeta mais de 70% da população global, prejudicando não apenas o indivíduo marginalizado, mas o desenvolvimento econômico e social dos países. Aliada à discriminação e à pandemia do Covid 19, que atinge pessoas vulneráveis com mais significância, a desigualdade provoca separação.
“A discriminação e as desigualdades estão intimamente ligadas. A intersecção de formas de discriminação, seja ela estrutural ou social, contra pessoas e grupos pode levar a uma ampla gama de desigualdades – por exemplo, em relação à renda, índices educacionais, saúde e emprego. No entanto, as próprias desigualdades também podem levar ao estigma e à discriminação. É fundamental, portanto, que quando se busca reduzir as desigualdades, busque-se também lidar com a discriminação.”
Nações Unidas Brasil
Para promover a consciência desse debate, o Residencial Aurora quer pautar os diferentes tipos de discriminação que a população brasileira sofre. Por mais que o assunto pareça distante do nosso trabalho, diariamente sentimos na pele a dor da desigualdade de residentes e profissionais que dividem o espaço conosco e por isso consideramos o assunto da maior importância.
É fácil observar que, todos os dias, vivenciamos algum tipo de discriminação. Não é incomum percebermos a predileção de familiares por profissionais cisgêneros. Não é incomum percebermos residentes recusando os cuidados de profissionais negros ou transexuais. Entre tantos residentes que por aqui passaram, apenas dois se consideravam negros; acreditamos que isso esteja relacionado ao fato de a clínica ser considerada de médio padrão e, graças à desigualdade e à discriminação, boa parte das famílias negras podem não ter condições de custear a mensalidade. Ter mais de 60% dos cargos de gestão ocupados por mulheres é considerado uma vitória para nós, mas isso não deveria ser o padrão, uma vez que a maioria da população brasileira é mulher?
Falar sobre nossas dores no tocante à discriminação é reconhecer o imenso caminho que precisamos trilhar para diminuir esse apartheid silencioso. Expor nossas vulnerabilidades sobre a desigualdade não é desabonar o trabalho do Residencial Aurora, mas é reconhecer como devemos agir para tornar o mundo um lugar melhor. Ninguém está imune a discriminar e ser discriminado, uma vez que ela é parte da estrutura social e econômica. E, por sermos uma empresa brasileira, sabemos o quanto a discriminação e a desigualdade afeta nosso crescimento enquanto empresa e pessoas.
Neste mês, em comemoração ao dia 8 de março, falaremos sobre a discriminação contra a mulher. Clique aqui e confira nosso posicionamento no post no Instagram.