A medicina regenerativa e as perspectivas do envelhecimento

O funcionamento das células do corpo humano perdem a aptidão com o passar dos anos. Enquanto o nosso DNA sofre com o envelhecimento, a biologia regenerativa tem como objetivo reparar ou substituir essas células.

Uma das descobertas dos cientistas tem como base a nossa habilidade de criar células-tronco de forma induzida. Teoricamente, as células-tronco têm a capacidade de se tornar qualquer tipo de célula. Os pesquisadores querem encontrar maneiras de recriar as condições necessárias para diferenciá-las de acordo com seus propósitos.

Pesquisadores do Instituto Babraham, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, desenvolveram uma nova técnica para rejuvenescer as células da pele. Através de um processo de involução, o método possibilitou que células danificadas da pele de uma mulher de 53 anos alcançassem o rejuvenescimento de 30 anos. Embora a pesquisa esteja em fase inicial, ela poderá trazer avanços na medicina regenerativa, como o potencial de aplicação em outros tipos de células.

Uma das dificuldades encontradas pelos pesquisadores na aplicação da técnica usada para produzir células-tronco é o apagamento da identidade celular. De acordo com o Instituto Babraham, o novo método foi capaz de driblar o problema ao interromper a reprogramação em parte do processo. Isso permitiu que os pesquisadores encontrassem o equilíbrio preciso entre a reprogramação das células, tornando-as biologicamente mais jovens, enquanto ainda eram capazes de recuperar sua função celular especializada.

Para verificar que as células foram rejuvenescidas, os pesquisadores procuraram mudanças nas características do envelhecimento. “Nossa compreensão do envelhecimento em nível molecular progrediu na última década, dando origem a técnicas que permitem aos pesquisadores medir alterações biológicas relacionadas com a idade nas células humanas. Conseguimos aplicar isso no nosso experimento para determinar a extensão da reprogramação alcançada pelo nosso novo método”, explicou Diljeet Gill, pós-doutorando no instituto, que participou do estudo, em um comunicado.

Novas perspectivas

A pesquisa poderá abrir caminhos para o desenvolvimento de novos tipos de medicamentos. O método utilizado no estudo também teve efeitos em outros genes ligados a doenças e sintomas relacionados à idade, como o gene APBA2, associado à doença de Alzheimer, e o gene MAF com papel no desenvolvimento de catarata. “Nossos resultados representam um grande avanço em nossa compreensão da reprogramação celular. Provamos que as células podem ser rejuvenescidas sem perder sua função e que o rejuvenescimento busca restaurar alguma função das células velhas”, disse Gill.

De acordo com o neurocirurgião Fernando Gomes, os achados têm potencial para novas descobertas de tratamento para doenças cardíacas e neurológicas. “O aparelho cardiovascular, que acaba sendo o grande ponto de impacto que a humanidade tem – grande parte das pessoas que morrem tem um problema cardiovascular. Até mesmo questões relacionadas com a saúde neurológica, podemos imaginar o Alzheimer, Parkinson e outras doenças neurodegenerativas sendo alvo desse estudo”, conclui.
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Reposição hormonal e o envelhecimento

Começar a reposição hormonal a partir dos 40 anos pode ajudar homens e mulheres a retardar ou aliviar os processos físicos e químicos acarretados pelo envelhecimento. Praticamente um maestro, o sistema hormonal precisa estar afinado com as necessidades do nosso corpo e, por isso, um desequilíbrio pode desencadear doenças, acelerar o envelhecimento e afetar a qualidade de vida. Ler mais

Suplementos alimentares: você precisa deles?

O envelhecimento provoca alterações no organismo que acarretam a necessidade de ingestão de mais nutrientes para a manutenção da saúde. Contudo, ele traz, também, a falta de apetite, uma digestão mais demorada e dificuldades para engolir alimentos, além de problemas dentários. Com isso, é comum pessoas idosas terem deficiências de vitaminas, minerais, proteínas e gorduras mesmo se alimentando bem. Uma saída para contornar esse problema é a suplementação alimentar, indicada por médicos e nutricionistas. Ler mais

A proteção do consumidor idoso e hipervulnerável

A proteção do consumidor idoso e hipervulnerável

Há muito se observa que diversas empresas se valem da vulnerabilidade dos idosos para venderem seus produtos em condições prejudiciais ao consumidor – é o que alerta a advogada Adriana Barreto, especialista em Direito Cível.

De acordo com a advogada, nas relações de consumo a vulnerabilidade do consumidor é presumida e agravada quando se trata de relação com idosos. “A idade avançada traz consigo a diminuição ou perda de determinadas aptidões físicas ou intelectuais que tornam o indivíduo mais suscetível a práticas abusivas e até mesmo a fraudes.”

Assim, ressalta, é preciso que fornecedores estejam atentos às particularidades dessa crescente faixa da população para que a mantenham como seu público consumidor e de acordo com a legislação.

A especialista ressalta que é perceptível o desconhecimento das pessoas com idade mais avançada frente às questões jurídicas, contratuais e financeiras. Daí, aproveitando-se da situação, muitas empresas impõem seus produtos de forma exagerada ao consumidor idoso, sendo essa conduta enquadrada em prática abusiva, vedada pelo CDC.

“O artigo 39 do citado código esclarece que é vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas, prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços.”

Além disso, a especialista aponta que o CDC tem como prática vedada exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva. “Não bastassem essas disposições, no rol que elenca as chamadas cláusulas abusivas, a lei considera nula a cláusula contratual que estabelece obrigações iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada; incompatíveis com a boa-fé ou a equidade”, reflete a advogada.

Hipervulnerabilidade

Adriana Barreto ainda aponta a “hipervulnerabilidade” do consumidor idoso, a qual pode ser definida como uma situação social fática e objetiva de agravamento da vulnerabilidade da pessoa física consumidora, em razão de características pessoais aparentes ou conhecidas pelo fornecedor. “Na busca pelo tratamento com igualdade, a vulnerabilidade física, psíquica e social fundamentam uma vulnerabilidade jurídica. Aos que são considerados diferentes, em razão do envelhecimento, precisa ser assegurada a igualdade jurídica com o objetivo de mitigar sua desigualdade material em relação aos demais cidadãos.”

Segundo a advogada, o STJ já vem reconhecendo a existência dessa categoria socialmente frágil e a necessidade de uma especial proteção, onde entre os sujeitos vulneráveis inclui-se um subgrupo de sujeitos denominados de hipervulneráveis, entre os quais se destacam as pessoas idosas.

A especialista lembra que o Estatuto do Idoso foi promulgado e quebrou a barreira de proteção exclusivamente patrimonial, pois nele a proteção é integral, abrange a todos os idosos e em tudo aquilo que se refere à vida em sociedade.

“A proteção econômica não é única. A manutenção da dignidade da pessoa humana passa a ser regra, pelo resgate da inclusão social. Tratando-se, portanto, de consumidor idoso, sua vulnerabilidade é potencializada. Potencializada pela vulnerabilidade fática e técnica, pois é um leigo frente a um especialista organizado em cadeia de fornecimento de serviços, um leigo que necessita de forma premente dos serviços, muitas vezes frente à doença ou à morte iminente, e que deve, tal qual se busca, ser respeitado a fim de que finalmente seja alcançada a tão almejada Justiça”, completa. Ler mais

Quer voltar a estudar? Conheça incentivos à educação de idosos

Cada vez mais estereótipos sobre a terceira idade e as atividades que lhe são pertinentes têm caído por terra. Em vez disso, muito se tem falado sobre os benefícios de manter o corpo e a mente ativos, entre os quais se inclui o aprendizado entre os mais velhos. Por esse e outros motivos, surgiu nos últimos anos uma série de incentivos para o idoso voltar a estudar. Ler mais

Os benefícios das atividades cognitivas

O processo natural que acompanha o envelhecimento traz características que exigem atenção especial. Nesse sentido, priorizar as atividades cognitivas para pessoas idosas é uma forma segura de minimizar os efeitos dessas mudanças.

Na velhice, o estímulo à realização de exercícios mentais e físicos estão intrinsecamente relacionados à longevidade e à qualidade de vida. Essas práticas resultam em importantes benefícios, como a redução da perda de memória. Entenda por que as atividades cognitivas influenciam diferentes aspectos na terceira idade e confira os benefícios resultantes dessa prática. Ler mais

Casa de Repouso ou Home Care: como escolher a melhor opção?

Chega um momento em que as famílias precisam de suporte especializado nos cuidados de uma pessoa idosa. Seja por motivos de saúde ou por prevenção, a pessoa idosa não pode mais ficar sozinha ou já não consegue realizar as atividades de vida diária, como se banhar ou tomar seus remédios, com a mesma eficiência.

São duas as opções disponíveis nesse momento: uma casa de repouso para idosos, também conhecida como residencial para idosos, ou o home care, um serviço que envolve uma equipe de enfermagem e cuidadores que revezam a atenção à pessoa idosa dentro de sua casa. Ler mais

Hobbies na terceira idade: terapia, realização de sonhos e recuperação de propósito

Mais do que um simples passatempo, ter um ou vários hobbies é terapêutico. O hobby exercita funções motoras e cognitivas, serve de fuga à solidão e é um forte aliado no combate à depressão por incentivar o aprendizado, a socialização e dar um novo colorido aos dias. Se o hobby calha de ser uma prática esportiva, os benefícios vão além, contribuindo para o aumento da ingesta alimentar, ganho de massa magra e perda de massa gorda, equilíbrio, autonomia e prevenção de doenças dos sistemas cardiovascular e respiratório. Ler mais